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Por que vale tanto a pena ter uma doula?

Há um ano, a palavra doula era praticamente desconhecida. Hoje, graças à mídia tradicional, às redes sociais e ao famoso (e muito eficaz) “trabalho de formiguinha”, mais gente já ouviu falar nas doulas e em seu trabalho. E agora, no dia 31 de janeiro, o Ministério do Trabalho reconheceu o trabalho da doula ao incluí-lo oficialmente na Classificação Brasileira de Ocupações. Viva!

Mas para quem (ainda) não sabe, a doula é uma profissional capacitada a acompanhar a mulher durante a gestação, parto e puerpério, oferecendo apoio emocional e físico, bem como informações embasadas cujo intuito é capacitar a mulher a fazer suas próprias escolhas. Estudos comprovam os benefícios de estar acompanhada por uma doula durante o trabalho de parto e o parto propriamente dito. O folder abaixo faz um belo resumo dessas vantagens (para maiores informações, confira o site do Núcleo Carioca de Doulas).

Folder Núcleo Carioca de Doulas

É preciso deixar bem claro que a doula não é uma profissional de saúde (médico, parteira, enfermeira), muito menos substitui o pai ou acompanhante familiar na hora do parto. Se eu tivesse que descrever a doula em poucas palavras, eu diria que é uma pessoa que saca muito de gravidez, parto, amamentação, cuidados com o bebê e que só quer o seu bem. É ela que, por não ter nenhum outro interesse em jogo, vai ajudá-la a descobrir o que você espera e deseja do processo e que vai ficar do seu lado, zelando pelos seus interesses e pelo seu conforto.

  • Antes do parto, a doula escuta você e fornece informações baseadas em evidências.
  • Na hora P, ela oferece massagens, suporte emocional, carinho e fica sempre do seu lado.
  • No delicado período pós-parto, ela estará com você para facilitar a amamentação, tirar suas dúvidas, dar um carinho e, eventualmente, ajudar nas pequenas tarefas da casa.

(As possíveis atribuições de uma doula são muitas e cabe a você conversar com a sua para saber como ela pode atendê-la da melhor forma possível.)

Ao contrário do que você poderá ouvir de médicos, da mídia ou de leigos, a doula não é um modismo nem algo que surgiu na modernidade. Sem querer polemizar, mas eu diria que a verdadeira profissão mais antiga do mundo é a da doula – com a pequena diferença de que, antigamente, elas não eram pagas por isso! As doulas eram amigas, irmãs, mães, que vinham dar carinho e suporte para a mulher durante o momento intenso e transformador do parto. Confira abaixo o eclético slideshow que montei para provar o quão antigo e belo é esse valioso trabalho.

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A meu ver, a doula é, acima de tudo, uma boa e experiente amiga; alguém que entende você, que tem profundo conhecimento e compaixão pelo momento transformador pelo qual você está passando, e que saberá conduzi-la à sua própria verdade e a uma força que nem você sabia que tinha. Ela é uma cheerleader (torcendo por você), uma figura maternal (para quem você pode mostrar seus medos, suas fraquezas) e um porto seguro (que ficará do seu lado quando/se as coisas ficarem punk).

Para quem busca viver o período da gestação e parto de forma natural, humanizada e consciente – ou seja, em seus próprios termos, sem sucumbir a interesses alheios – a doula poderá ser uma peça valiosíssima. E, de quebra, é capaz de você ganhar uma amiga para toda a vida.

E se lhe perguntaram “pra quê ter uma doula?”, você pode responder: “Sei lá, pra quê ter uma amiga?”

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O que o CREMERJ não entende…

Se você vive no Rio e acompanha as notícias no jornal, deve estar sabendo das resoluções do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) que entraram em vigor no dia 19/07 proibindo a participação do médico nos partos domiciliares (como principal acompanhante ou como “back-up” em caso de transferência para o hospital) e vedando a presença de “doulas, obstetrizes, parteiras etc” nos hospitais (não explicaram se o “etc” se referia a papagaios, periquitos e paparazzi ou se era restrito a profissionais que comprovadamente diminuem as taxas de intervenções, incluindo cirurgias desnecessárias, e melhoram a experiência da mulher no parto e pós-parto).

Bom, ironias à parte, a boa notícia é que ontem, dia 30/07, após uma rápida e maciça reação de ativistas e, principalmente, do COREN-RJ (Conselho Regional de Enfermagem do RJ) – que entrou com uma ação na Justiça contra a medida (arbitrária e inconstitucional) do Cremerj – o juiz federal substituto Gustavo Arruda Macedo suspendeu as tais resoluções, devolvendo à mulher carioca a liberdade que o Cremerj tentou arrancar-lhe há algumas semanas com sua ação covarde e ditatorial. A má notícia é que o Conselho disse que iria recorrer na Justiça. Afirmou ainda que “lamenta a decisão, já que as resoluções do Conselho visam proteger mães e bebês e oferecer as melhores condições de segurança para o parto. Os direitos de proteção à gestante e às crianças são assegurados pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, e as resoluções do Cremerj reforçam esses direitos.”

Confesso que a postura do Cremerj me causa profunda irritação. Desde que o assunto “parto domiciliar” voltou à pauta por causa da matéria do Fantástico, a atitude do conselho tem sido um tanto belicista. Mas em vez de esbravejar, vou tentar uma abordagem diferente. Para quem não sabe, sou editora de livros. Por acaso, ontem acompanhei um autor, o professor Stuart Diamond, numa palestra. O tema do livro Consiga o que você quer (Editora Sextante) e de sua palestra é a negociação, e como professor da Wharton Business School – uma das mais conceituadas escolas de negócios do mundo – o cara sabe do que está falando. Tirei o seguinte ensinamento do livro do Prof. Diamond: “para persuadir pessoas com percepções diferentes, você precisa começar pela noção de que seus ‘fatos’ – seus pensamentos, ideias e percepções – são invisíveis para elas. O que está claro para você pode nunca ter sido visto pelo outro” (minha ênfase).

Com isso em mente, surgiu a ideia para meu primeiro post sobre o assunto: esclarecer para o Cremerj, e para todos que estão inclinados a concordar com sua postura, o que eu e outras ativistas enxergamos que pode não ser evidente para quem não é tão apaixonado e bem-informado sobre o assunto (no caso, o parto humanizado). A ideia é tornar os nossos fatos visíveis e abrir espaço para uma discussão franca e respeitosa. Sem necessidade de resoluções ou ameaças. Combinado?

1º fato invisível: Quem faz o parto é a mulher

Lindo cartaz feito pela designer Thalita Dol Essinger para a Marcha pela Humanização do Parto.

A protagonista do parto é a mulher. Que fique claro: a gestante (sei lá, vai que entendem que é a doula ou a parteira!). O papel da equipe – incluindo do médico – é permitir que a mulher “faça” o parto: dilatando, se abrindo, expulsando o bebê e depois a placenta. A mulher fará esse trabalho melhor onde ela se sentir bem, e ao lado de quem faça bem a ela (não sou eu quem inventei isso – a posição é da OMS!). Como a função principal da doula é apoiar a mulher, oferecendo suporte emocional e físico, é bastante provável que, em se tratando de mulheres bem informadas que dispõem dessa opção, muitas vão optar por receberem esse tipo de acompanhamento.

2º fato invisível: O parto mais seguro é aquele que mais se aproxima do fisiológico

Já é batido dizer que o parto mais seguro para a mãe e para o bebê é o vaginal (aliás, o outro não é parto, é cirurgia, mas isso é assunto para outro post). Nenhum médico ousaria dizer o contrário, porque isso é fato estabelecido há décadas. Mas nós, ativistas da humanização, vamos além: entendemos, com base em estudos (como aqueles compilados pela revisão Cochrane) e nas recomendações da OMS, que o parto mais seguro é aquele que se mantém o mais próximo possível do fisiológico, sob o efeito dos hormônios e instintos naturais da mulher e do bebê (como nos outros animais). Estudos indicam que a grande maioria das gestações de baixo risco ocorrerão desta forma se a equipe evitar intervenções de rotina (desnecessárias até que se prove o contrário).

3º fato invisível: A mulher tem o direito de decidir o que será feito com o seu corpo

Essa afirmação me parece bastante óbvia, mas estou seguindo religiosamente o meu novo guru Stuart Diamond, então resolvi deixar registrado. O corpo mais afetado no parto é o da mulher. E o do bebê. A mulher, enquanto mãe, quer o melhor para o bebê (lógico). Então, na verdade, a opinião que interessa é a da mãe (já que ela sabe de si e, mais do que ninguém, sabe também do seu filho). Portanto, se a mãe quiser parir no hospital, em casa, ou se quiser ser operada, vale o que ela decidir. Se quiser parir deitada, na banheira, de quatro, ou de ponta cabeça (duvido), ok também. Se escolher parir na presença do médico, do marido, da doula, do cachorro e do papagaio, que seja! O Cremerj, ao tentar tirar o direito ao parto domiciliar e ao acompanhamento da doula (figura esta que apoia a mulher em tempo integral), acaba limitando esse direito e coloca o médico no papel tutelar de decidir sobre o corpo da mulher. O médico, a parteira e a doula não têm o direito de tomar decisões pela mulher nem de coagi-la a escolher a opção que ele/ela deseja: seu papel é informar, com base nas melhores práticas (evidências) e, em segundo lugar, nas suas experiências.

4º fato invisível: O médico tem o direito de praticar a medicina baseada em evidências

Talvez a maior injustiça da postura do Cremerj seja o cerceamento do direito do próprio médico de fazer o seu trabalho. Vou explicar: se não quiserem ser alvos de processos, arriscando até mesmo a cassação de seus registros, os obstetras humanizados são forçados a seguir a determinação do Conselho, mesmo que eles apoiem o parto em casa ou em centros de parto normal (em que a gestante é acompanhada por enfermeiras obstétricas ou obstetrizes, como no modelo vigente na Europa e no Japão) . Isso deve ser especialmente dificil quando as resoluções impostas vão contra as evidências científicas sobre melhores práticas,  o que é o caso tanto para partos domiciliares em mulheres de baixo risco (que são seguros tanto quanto partos hospitalares) quanto para a presença das doulas (que aumentam a satisfação materna e diminuem as intervenções).

5º fato invisível: A presença da doula é comprovadamente benéfica e condizente com melhores resultados maternos e neonatais

É a terceira vez que faço essa afirmação e, para não me repetir muito, vou parar por aqui. Mais informações no link para o estudo feito sobre apoio continuo a mulheres durante o trabalho de parto e parto (pdf aqui).

Vou parando por aqui. Mas, antes disso, queria pedir três coisas:

1. Compartilhem essas informações – quem sabe assim não chega até a caixa de entrada ou até o mural de alguém do Cremerj e possamos dialogar com as cartas na mesa?

2. Escrevam em seus blogs, murais, twitters sobre o direito SOBERANO da mulher de escolher onde, com quem e em que condição ela quer ganhar seu bebê.

3. Compareçam à Marcha Pela Humanização do Parto, que ocorrerá no Rio, no dia 5 de agosto, às 14:00, na praia de Ipanema (saindo do posto 9). O lindo convite, feito pela talentosa Thalita Dol Essinger, está abaixo.

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Quer dizer que você quer parto normal?

Quando o assunto é parto, você diz “quero parto normal” ou “vou tentar normal” (e não se fala mais nisso)? Você acredita que, para ter parto normal, basta querer e torcer para que tudo dê certo? Você escolheu um médico do plano que se diz favorável ao parto normal, mas que diz “não se preocupe com isso, do parto cuido eu”?

Se você respondeu “sim” a qualquer uma dessas perguntas, você precisa ler este post. Se você conhece alguém que se encaixa nesse perfil, por favor, repasse o link para ela.

Eis os FATOS: se você vai ter seu filho na rede privada, a probabilidade de acabar numa cesárea se aproxima de 90%. Pense bem: quantas amigas suas começaram naquele quadro acima (“quero normal, meu médico diz que faz”) e terminaram numa cesárea? Não quero te desapontar (pelo contrário, quero ajudar!), mas a verdade é que parto normal não é para qualquer uma. É para quem pode – para quem pode correr atrás de informações confiáveis, pode encontrar a coragem para mudar de médico se o dela for cesarista, pode pagar um obstetra fora do plano ou optar pela rede pública se necessário, pode olhar para dentro e enfrentar seus demônios, pode peitar o marido, a mãe e o escambau. A boa notícia é que você pode ser uma mulher dessas.

Se você quer MESMO parto normal, seguem abaixo 7 dicas para aumentar as chances de ter o parto que você deseja e merece:

1. Informe-se

Parto normal no Brasil é exceção. Especialmente se você tem plano de saúde. Isso significa que você precisa estar ciente das possíveis armadilhas que fazem as mulheres caírem na cesárea, mesmo sem querer. Que armadilhas? Entre elas: os mitos sobre o parto, as falsas indicações de cesáreas, a realidade sociocultural e econômica (em que o normal é o parto cirúrgico), o sistema tecnocrático e voltado para lucros e a formação e a atitude da equipe que vai te acompanhar. Você não precisa mudar nada disso – se quiser tentar, ótimo! – mas não pode fingir que vive num mundo cor de rosa em que o médico vai deixar a natureza seguir seu curso, a equipe do hospital está lá pra te ajudar e o que quer que aconteça estava “escrito nas estrelas”. Acorde e deixe seus olhinhos bem abertos. Ou volte a acreditar em duendes (quer dizer, médicos bonzinhos) e depois não se surpreenda se acordar com uma bela de uma cicatriz na barriga.

2. Escolha um obstetra realmente favorável

A melhor forma de saber se o seu GO “faz” parto normal mesmo (quem faz é a mulher, mas já que essa é a expressão, estou adotando-a aqui, entre aspas) é através da indicação de mulheres que pariram com ele. Se isso não for possível, dê uma de detetive e procure pistas de que ele possa te induzir à cesárea. Fique atenta aos seguintes sinais: ele nunca desmarcou uma consulta (parto normal não tem hora marcada); no consultório, tem várias pacientes chegando para tirar pontos e meia dúzia de grávidas com a barriga do tamanho da sua (ou seja, não vai dar para esperar o trabalho de parto de todas elas); ele não gosta de falar sobre o parto e diz coisas como “deixa isso comigo”; ele é fã das táticas do medo (“o importante é a saúde do bebê”) e vive procurando pêlo em ovo (“temos que ficar de olho nesse líquido…”). Mesmo que ele seja muito querido, muito fofo e te conheça há anos, não se iluda: se ele faz cesárea em 90% dos casos, a sua chance de parir com ele é 1/10.

3. Procure apoio virtual e local

Quem nada contra a maré requer muito apoio e incentivo. Nada melhor que se juntar a pessoas que te entendem, já passaram por isso, e se empenham para ajudá-la a conseguir atingir o seu objetivo. Para isso, sugiro que você participe de grupos virtuais como o “Cesárea? Não, obrigada!” no Facebook e que procure também um grupo de apoio local, onde possa olhar nos olhos de outras mães, ouvir suas experiências e trocar recomendações. Aqui no Rio tem o Ishtar, grupo incrível, coordenado por gente maravilhosa e frequentado por mulheres de todos os tipos (inclusive euzinha). Tem encontros quinzenais em Copacabana, Tijuca, Niterói, Jacarepaguá e na Baixada.  Também tem Ishtar em Belém, Sorocaba e Recife, e sei que São Paulo tem o Gama, BH tem o Bem Nascer e Curitiba tem o Espaço Aobä. E não devem ser os únicos. Procure por esses grupos, vá a um encontro (são gratuitos) e saiba que você não está sozinha.

4. Prepare sua cabeça (e o corpo também)

É preciso muito preparo psicológico para se manter firme num desejo que, lastimavelmente, é tão difícil de se realizar na atual conjuntura. É preciso coragem para dizer tchau para seu médico de anos na 37a semana e procurar um novo profissional; força (e paciência) para não ceder aos protestos da família e dos amigos que não entendem porque você não marca a cesárea como todo mundo; convicção para usar suas economias para bancar uma equipe realmente alinhada com seu plano de parir; fé para se permitir parir como manda a natureza. Minhas dicas: leia livros e relatos de parto positivos (fuja de programas de TV de maneira geral) e faça terapia. Além da força psicológica e emocional, também é legal preparar o corpo para as posições e as sensações do parto (yoga para gestantes e massagem perineal são duas opções que vêm à mente, mas isso é muito pessoa e varia de mulher para mulher). Mas não se iluda: a cabeça é muito mais importante que o corpo nesse processo de parir.

5. Seja sujeito

É muito cômodo (e perigoso) entrar no papel da “mãezinha” ou “gravidinha” (primas-irmãs da “princesinha”) e deixar que todas as decisões sejam tomadas por você: pelo médico, por sua mãe, pelo marido… Se você tem a intenção de parir, você precisa se recusar a ocupar esse lugar. Porque uma mulher que dá a luz é protagonista, e não um objeto ou um coadjuvante do processo. Ser sujeito significa, entre outras coisas, questionar, se examinar, refletir, sentir, escolher, rebolar (em ambos os sentidos), viajar para a partolândia e dar um belo de um FODA-SE pra todas aquelas pessoas que teimam em te julgar. Ser sujeito significa viver de acordo com a sua verdade e sentir na pele as suas escolhas, e não ser vítima das decisões de terceiros.

6. Contrate uma doula

Para quem não sabe o que é uma doula e quer se informar, sugiro ler esse post aqui. Para não me estender muito, vou ser econômica e dizer que a doula acompanha a gestante antes, durante e após o parto; sua função é servir de apoio e conforto. A doula não é profissional de saúde e nem faz parte da equipe médica: ela acompanha a mulher, oferecendo palavras de incentivo, um toque carinhoso e um porto seguro para a parturiente (e, muitas vezes, também para seu companheiro). Em suma, a doula é uma amiga que já viu muitas mulheres parindo. Por isso, é importante  conversar muito com ela antes do parto, sentir-se bem com ela e criar um laço de afeto e confiança. Você pode achar que doula é modismo ou frescura, mas a história e as evidências mostram o contrário: doulas existem há milênios e sua presença na sala de parto diminui o índice de cesárea, analgesia e depressão pós-parto e aumenta a satisfação materna e o índice de amamentação (entre outros benefícios). Se você é carioca, visite a página do Núcleo Carioca de Doulas no Facebook para se conectar com profissionais da área. Para citar a obstetriz Ana Cristina Duarte, “A doula faz tudo para que você faça o seu parto”.

7. Não saia correndo para o hospital

Pensei se deveria mesmo incluir esta última dica – obviamente, não quero ser culpada depois por uma leitora que teve seu filho no táxi! -, mas como não tem como negar que um dos fatores de cesárea é a impaciência dos médicos (a famosa desculpa “não teve dilatação”) optei por colocá-la. A não ser que esteja com uma equipe de parto humanizado, a melhor maneira de se proteger da cesárea intraparto é chegar ao hospital em trabalho de parto ativo, com mais de 7 cm de dilatação e, de preferência, dilatação total. Eu sei que é difícil se imaginar fazendo isso – “correndo esse risco” – mas é mais comum chegar cedo demais e sofrer um parto cheio de intervenções desagradáveis ou até mesmo uma cesárea do que acabar parindo a caminho da maternidade (apesar desses casos saírem mais na mídia!). Se você não tem plena confiança na equipe médica e sente que o médico pode acabar fazendo uma cesárea de última hora, essa é a dica que eu deixo para você (de preferência, siga também a dica número 6).

Por hoje é só. Boa sorte e boa hora para você! E depois passe aqui e conte sua experiência.

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